quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A obra de Karl Marx é um conto de fadas para adultos


Ler Karl Marx é uma operação penosa; pelo menos para mim, é mais ou menos equivalente a ler um conto de fadas para adultos. Como em todos os contos de fadas, nos escritos de Karl Marx existem situações verdadeiras ou que se aproximam muito do real, e outras situações completamente imaginárias.

Umas vezes, Karl Marx faz uma descrição quase perfeita da realidade mas logo a seguir recusa-a (não a aceita), tentando impôr a ideia de uma realidade utópica e imaginária que é em si mesma impossível de existir.

Outras vezes, Karl Marx opta por fazer a crítica à realidade sem dar grandes soluções para os problemas — como, por exemplo, quando Karl Marx reduz o Estado pós-revolução a um estatuto de comunidade imaginária, ou quando faz a distinção utópica entre “comunidade aparente” e “comunidade real”.

O problema é que os contos de fadas, quando escritos para adultos, podem ser muitíssimo perigosos, porque os adultos já não têm a imaginação das crianças para transformar as estórias em puro sonho.

  

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